... ele a alcançou, ela corria desesperada e chorava.
Ele a segurou, ela se esforçava para se soltar dele, mas com toda a suavidade de quem segura um passarinho na mão, ele a manteve em seu caloroso abraço. E ela não pode se mover. Um abraço apertado confortou-a e fez com que ela se sentisse melhor.
- Eu sei que você sempre a amou, pode ir lá! Vá ficar com ela. Anda vai, vai!
- Quem te disse tal besteira?
- Como se precisasse uma bola de cristal para saber...
- Era tão perceptível assim?
- Aham! Todos sempre souberam que vocês se amam.
Silêncio. Aos poucos o choro ia diminuindo. Ao longe a outra menina os observava, perplexa.
- É verdade, eu a amei. Por muitos anos e em segredo.
Ela então sorri.
- Você disse ‘amei’? É por isso que você veio ate aqui? É por isso que você não ficou lá com ela?
- Sim, eu disse ‘amei’. E talvez eu ainda a ame, mas depois de tudo que você fez por mim. Você me levantou quando eu estava por baixo por causa dela.
Os dois olharam para a menina que estava distante. Depois se entreolharam e riram.
- Eu sempre gostei de você, desde aquele primeiro dia na lanchonete. E quando eu a vi falando que ‘sempre te amou’ eu pensei que fosse te perder. E que vocês fossem se beijar ali mesmo.
- Não seria injusto apenas com você se eu fizesse isso. Seria injusto comigo mesmo, trairia meus sentimentos porque você tem sido mais que uma amiga nesses últimos dias. Eu posso ter me apaixonada por ela, mas amor se conquista com atitudes. Não apenas com beleza e simpatia.
- Obrigado, por estar aqui, agora.
Gutim! Desking - Gustavo Germano Pereira
15:55 - 8 de Outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
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